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A primeira descrição de
algo parecido com uma máquina fotográfica foi escrita por um árabe, Alhaken de
Basora, que viveu há aproximadamente 1000 anos. Ele descobriu como se formavam
as imagens no
interior de sua tenda quando a luz do sol passava pelas frestas do tecido.
Assim foram relatados os princípios do que viria a ser a câmera fotográfica.
Câmera significa pequeno quarto. Mais
tarde, a câmera escura, quando não existia a fotografia, era um artifício empregado para
conseguir imagens projetadas desde o exterior e as linhas das imagens eram projetadas
na câmera escura. Sua existência é conhecida desde o século XVI, quando
artistas do período renascentistas a usavam para desenhar.
No século XVII, as câmeras escuras deixam
de ser grandes e passaram a ser móveis e desmontáveis. Desenhar com luz, este,
na verdade, era a utilidade destes objetos, por isso o significado das palavras
gregas: foto (luz) e grafein (desenhar).
Mais tarde, o artista francês Louis
Jaques Mandé Daguerre trabalhou, durante anos, em um sistema para conseguir que
a luz incidisse sobre uma suspensão de sais de prata, de
tal maneira que a escurecesse seletivamente e fosse capaz de
produzir a duplicação de alguma cena. Em 1839, Daguerre tinha aprendido a
dissolver os sais intatos mediante uma solução de tissulfato de sódio o que
permitia gravar permanentemente a imagem.
Devido a demora e a dificuldade para se
obter cópias, William Henry Talbot fez experiências com o que chamou de
calótipos, que superou o problema em 1841. Com seus calótipos obtinham-se
negativos que logo deveriam ser passados aos positivos em
outras folhas. Em 1844, foi publicado o primeiro livro com fotografias.
As pesquisas se concentraram em conseguir
um papel para os negativos que fosse suficientemente sensível para ser
rapidamente impresso. Em 1848, Frederick Scott Archer, inventou o processo de
colódio úmido. O colódio (composto por partes iguais de éter e álcool numa
solução de nitrato e celulose) era empregado como substância ligante para fazer
aderir o nitrato de prata fotossensível à chapa de vidro que constituía a base
do negativo. A exposição era feita com o negativo úmido (esta é a origem do
nome colódio úmido). A revelação tinha
de ser feita logo após a tomada da fotografia.
Gabriel Lippman foi o primeiro
investigador que mediante um complexo método conseguiu fotografar o espectro visível com
toda sua riqueza cromática. Os irmãos Lumière também
contribuíram, mas foram Luis Ducos du Hauron e Carlos Cross as pessoas que
criaram um método que consistia na impressão de três negativos através de
filtros coloridos em vermelho e azul.