segunda-feira, 28 de março de 2011
Grafitar é Arte... Intervenção Urbana
De acordo com um ponto de vista mais comum, pode-se destacar que o grafite é qualquer marca ou inscrição feita em muros, contendo relações com o meio, a sociedade e as expressões pessoais do artista. Esta manifestação é oriunda das pinturas rupestres, das inscrições egípcias, das pinturas de parede do Império Romano,onde a cada período trabalhado evoluiu e ganhou significado próprio de acordo com os costumes e necessidades de cada sociedade.
O grafite contemporâneo é realizado sobre suportes que não são normalmente previstos para aquela finalidade, ou seja, são realizados em espaços públicos onde são melhores observados e identificados pela população. Nesse contexto, não podemos deixar de lado uma breve comparação entre a pichação e o grafite. A pichação é algo considerado uma contravenção, pois é um tipo de marca ou inscrição feita por vândalos que não buscam representar nenhum tipo de significado importante a sociedade, além de destruírem patrimônios públicos. Já o grafite é algo produtivo que respeita a estética do olhar da sociedade, incluindo significação nas imagens e reflexão sobre determinados fatos e acontecimentos sociais, ou seja, o grafite direciona-se a uma linguagem engajada a produzir críticas sociais.
O grafite contemporâneo teve seu inicio nesta forma de linguagem engajada, no ano de 1968, onde os muros de Paris foram suportes para inscrições de caráter poético-político. Desta forma o grafite generalizou-se pelo mundo como uma modalidade artística da Street Art ou Arte Urbana e ocupou espaço em meio as mais diversas tribos urbanas como linguagem visual de movimentos relacionados ao Hip-Hop.
É interessante ressaltar que no contexto histórico do grafite, muitos grafiteiros respeitáveis admitem terem um passado de pichador, pois em épocas passadas em que o grafite não era tido como linguagem artística, a única forma para esses artistas exercitarem a técnica era através de pichações. Destace-se então o nome do mais celebre de todos, Jean Michel Basquiat, o qual no final da década de 70, despertou a atenção da imprensa de New York, com suas mensagens e desenhos críticos realizados nas paredes dos grandes arranha céus abandonados de Manhattan.
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